Sempre olhei a Argentina com olhos de admiração. Simplesmente porque nosso vizinho tem vocação para a cultura e para a sensibilidade. Das tirinhas inteligentes de Mafalda à música genuína de Mercedes Sosa. Falo da Argentina porteña, do tango das ruas, do labirinto de Borges e das fantásticas histórias de Cortázar. Por tudo isso e por algo que nem sempre podemos racionalizar Buenos Aires me encanta. E por tudo isso, fiquei triste hoje ao saber da morte do jornalista/escritor Tomás Eloy Martinez, autor, entre outros de Santa Evita, o romance argentino mais traduzido na história. Não li -- ainda Santa Evita. Descobri Martinez por um romance de muito menos expressão -- O Cantor de Tango. Ao folhear a primeira página do livro, encontro algo do gênero: Buenos Aires para mim é literatura. Comprei o livro imediatamente. Pois é isso que Buenos Aires e o cheiro de seus cafés representam para mim: literatura. O Cantor de Tango não está entre os livros preferidos mas conheci Tomas Eloy por ele. E só isso valeu a pena. Pude ler várias de suas entrevistas mais tarde e alguns de seus textos. Só constatei que a Argentina era dona de mais um escritor talentoso. E mais uma vez, de luto, enterra um pouco da sua história. (Daniela Diniz)
ps: leia post de Ariel Palacios e uma entrevista maravilhosa com Tomas Eloy em http://blog.estadao.com.br/blog/arielpalacios/
Que triste saber disso, afinal, vivemos em uma cultura em que a leitura não é difundida no cotidiano, pelo contrário, ler é sinõnimo de atividade chata. É uma pena que esse escritor faleceu pois são poucos os escritores que são talentosos, e para comprovar o talento dele, vou confiar na palavra da Daniela Diniz que já leu uma obra e gostou, procurando saber mais sobres as obras do autor e lê-las.
ResponderExcluirO blog de vocês é muito gostoso, mas vocês escrevem tão pouco...
ResponderExcluirOlá, Florinha,
ResponderExcluirObrigada pelo comentário. Você nos estimulou a voltar a escrever. Há um novo post da Leda, reinaugurando nossa volta.