Passei uma semana em Portugal. Revisitei Lisboa, Sintra, Coimbra e Porto. Conheci Cascais e Guimarães. Emocionei-me com o Tejo novamente. Portugal me encanta. Pela história – linda, nossa, tão intensa. Pelas suas ruas azulejadas, pelos varais de roupa, pelo cheiro de doces nas calçadas. Encanta-me, sobretudo, seu português sem ruídos. O som do português. A ausência do feio gerúndio em suas frases. Ninguém lá está fazendo nada. Todos estão a fazer alguma coisa. Lá não existe “a gente” mas “nós”. E conjugam pessoas e verbos de forma correta. Gosto do som de Portugal. De sentir nas ruas de Lisboa um pouco de Pessoa. De olhar o Tejo e lembrar de Camões, dos navegadores, dos descobrimentos, de tantos que lá ficaram e provocaram versos imortais. Do triste amor de Inês. Da pujança real e seus palácios formidáveis. Dos castelos, da história medieval que permanece intacta no mundo contemporâneo. Volto num tempo que não vivi. E por isso voltarei mais vezes àquela terra. Sentirei mais os cheiros de doces e sardinhas nas brasas do Porto. Ouvirei o chorado fado. Lerei sempre Pessoa, Camões e também Saramago, na constante busca do português perfeito. (Daniela Diniz)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Os sons e os cheiros de Portugal
Passei uma semana em Portugal. Revisitei Lisboa, Sintra, Coimbra e Porto. Conheci Cascais e Guimarães. Emocionei-me com o Tejo novamente. Portugal me encanta. Pela história – linda, nossa, tão intensa. Pelas suas ruas azulejadas, pelos varais de roupa, pelo cheiro de doces nas calçadas. Encanta-me, sobretudo, seu português sem ruídos. O som do português. A ausência do feio gerúndio em suas frases. Ninguém lá está fazendo nada. Todos estão a fazer alguma coisa. Lá não existe “a gente” mas “nós”. E conjugam pessoas e verbos de forma correta. Gosto do som de Portugal. De sentir nas ruas de Lisboa um pouco de Pessoa. De olhar o Tejo e lembrar de Camões, dos navegadores, dos descobrimentos, de tantos que lá ficaram e provocaram versos imortais. Do triste amor de Inês. Da pujança real e seus palácios formidáveis. Dos castelos, da história medieval que permanece intacta no mundo contemporâneo. Volto num tempo que não vivi. E por isso voltarei mais vezes àquela terra. Sentirei mais os cheiros de doces e sardinhas nas brasas do Porto. Ouvirei o chorado fado. Lerei sempre Pessoa, Camões e também Saramago, na constante busca do português perfeito. (Daniela Diniz)
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