sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Fim do Livro 2

Uma pesquisa realizada pelos organizadores da 61ª Feira do Livro de Frankfurt, que ocorreu entre os dias 14 e 18 deste mês, vaticinou: o livro digital superará o impresso em meros nove anos – precisamente, 2018. A previsão foi feita a partir de consultas com editores, livreiros, escritores e jornalistas, majoritariamente europeus, num total de 840 pessoas. A crise econômica, segundo os entrevistados, seria o principal estimulante para a mudança, por causa do alto custo da produção do modelo em papel. Ou seja, pode ser que, até 2018, “à medida que os fundos de catálogo passem a ser oferecidos eletronicamente, o digital ultrapasse o papel em termos de importância econômica para as editoras”, disse a diretora editorial da brasileira Record, Luciana Villas-Boas, em relação especificamente aos EUA e a alguns países da Europa (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091014/not_imp450117,0.php). Mas a aposta não é a mesma em relação ao Brasil. Num país de muitos iletrados, analfabetos funcionais e marginalizados digitais, seria até mesmo muito otimismo pensar que os leitores substituiriam um modelo pelo outro. Aqui independe do meio – virtual ou real – o fato de quase não se ler. (Leda Balbino)

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