segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um ranking próprio

Quando eu tinha doze anos, comecei a rabiscar em uma folha de caderno todos os livros que havia lido naquele ano. Fiz isso nos anos seguintes, sempre com o objetivo de aumentar um título a cada ano. Infelizmente, as folhas de caderno se perderam e eu só voltei a -- digamos -- catalogar meus livros em 2000, no meu último ano de faculdade. A partir daí, comecei a criar -- num arquivo em Excel -- uma planilha com todos os livros que li. Funciona assim: na primeira coluna, o nome do livro; na segunda, o autor; na terceira, a nacionalidade do autor; na quarta, o gênero do livro (romance, contos, crônicas etc); na quinta, o nome de quem me deu o livro (se eu mesma comprei, também deixo escrito) e, por fim, a minha avaliação do título, que vai de uma a cinco estrelas. Pode parecer um pouco sistemático, mas isso é mais uma forma de me autoconhecer. Por meio da lista, percebo o quanto acabo pendendo para um lado (por um autor, por um gênero, por uma -- até! nacionalidade). É bom também para aguçar a memória em discussões literárias. O que mesmo me fez gostar tanto de Ensaio sobre a Cegueira e detestar A Caverna, de Saramago? A próxima coluna da minha planilha vai conter algumas dessas observações e, quem sabe, algumas das mais belas expressões pinçadas dos títulos que me escolhem. Sim, acredito nisso. Não sou eu quem determino as esolhas. São os livros -- desde os meus seis anos -- que me escolhem e me convidam. Fica aqui a sugestão para quem quer organizar suas leituras e aprender um pouco mais de si mesmo pelas palavras que nos cercam. (Daniela Diniz)

Um comentário:

  1. Oi Dani,

    Eu faço a mesma coisa!!!! Só que num cadernino rosa, que tenho desde os 11 anos, acho. Adoro.

    Beijos,

    Isa (Ou Bela - A Divorciada)

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